por Admin Sáb Jun 18, 2016 12:27 pm
Wren sujou a pontinha do dedo na cobertura de chocolate e a lambeu. Diferente de tudo que já experimentara, o doce preencheu sua boca com uma explosão de sabores.
- Nossa, isso é muito bom!
Somente depois de roubar mais um pouco da cobertura, ela respondeu à pergunta de Valentine:
- Se a Elisa tivesse ficado tão perto de herdar a fortuna dos meus pais, eu aposto que ela teria ficado por perto.
Tin ergueu as sobrancelhas, de um modo que Wren traduziu como surpresa de que Remus pudesse ter se relacionado com alguém como aquela Elisa (se nem mesmo a irmã entendia, imagina a pobre da Valentine).
- O Remus ficou noivo no final da faculdade. Meus pais estavam animadíssimos porque ela era o tipo de garota que preenche todas as expectativas de gente como eles... Mas daí o Rem recebeu uma proposta para passar trabalhar nesse mega restaurante no Canadá, e... As coisas desandaram, eu acho.
Era esquisito para Wren lembrar do irmão anos antes do acidente. Não que ela o culpasse por ter ficado carrancudo e meio mal-humorado – com certeza ela teria ficado ainda pior -, mas Remus era essa pessoa amável e gentil e sempre disposto a auxiliar aqueles de quem gostava, que às vezes era difícil reconhecê-lo naquele estado.
Como se lesse seus pensamentos, a pergunta seguinte de Tin foi se ele tinha mudado muito depois do acidente.
- Um bocado – Wren assentiu –, mas eu não falo sobre isso – ela encolheu os ombros, apologética – é o tipo de coisa que ele precisa se sentir confortável para falar, e... Ele nunca conversa com ninguém.
Wren mordiscou o cupcake que Valentine lhe dera. Apesar de se sentir arrasada – como sempre se sentia ao falar do acidente do irmão – aquele bolinho apaziguou um pouco a sua agonia, quase que magicamente.
Naquele momento, Sirius enfiou a cabeça pela porta, dizendo que precisava de Wren para assinar o recibo das bebidas, e ela pulou do balcão.
- Prometo que tiro todas as suas dúvidas sobre o Rem depois, ok, fanzoca? – ela brincou, antes de desaparecer porta a fora.