por Admin Qui Jun 16, 2016 10:52 pm
”Acabei de passar por aquela cafeteria que nós costumávamos ir.
Espero que você esteja bem.
Elisa.”
- Nada – Remus resmungou, deslizando o celular para a outra ponta da bancada.
Remus Lupin teve um punhado de namoradas durante a vida. Com frequência, as mulheres confundiam seu jeito gentil e simpático com uma paquera, e ele... bem, ele se deixava levar sempre que se interessasse pela outra parte. Isso garantiu duas namoradas na adolescência, mais duas na faculdade e um tanto de casinhos nos primeiros anos de trabalho.
Depois que se tornara um chefe de renome, o jogo de Remus tinha se tornado um tanto quanto diferente: pela primeira vez, o garoto tímido e reservado podia escolher a mulher que quisesse.
Durante muito tempo, ele quis Elisa.
O relacionamento deles parecia ter tudo para dar certo: Ela compreendia as longas horas de trabalho dele – já que, como modelo, suas horas não eram nada melhores – e eles se davam bem em praticamente todos os aspectos. (é preciso notar, no entanto, que embora Remus gostasse das festas badaladas e de todos os contatos famosos que ela lhe apresentava, seu programa favorito era cozinhar para ela aos domingos. Elisa pensava no sentido inverso.)
Eles estavam juntos há dois anos quando do acidente. Ela cumpriu todo o protocolo de uma boa namorada, até o instante exato em que Remus recebeu a notícia de sua paralisia.
No dia seguinte, Elisa terminou com ele, sendo apenas a primeira de uma longa lista de pessoas que dariam as costas para o jovem após seu acidente.
“Espero que você esteja bem”. Pft.
Os golpes de sua faca ficaram ainda mais intensos contra a tábua, até que sua frustração cresceu de uma forma tal que ele jogou tudo para longe.
- Jones, termine de cortar isso. Eu volto para explicar como se faz.
Sem sequer olhar para a jovem, ele girou sua cadeira até o salão. Precisava ficar sozinho.
(Antes daquele dia, a vida de Remus ficava sempre da porta da cozinha para fora. Não importava o que estivesse acontecendo em sua vida, ele esquecia no momento em que vestia o seu dólmã. Aparentemente, aquilo era maior do que ele[/i]