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Aquele em que Ted volta no tempo.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº2
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Mary McDonald – ou McD como era conhecida entre as amigas da Grifinória – andava pelos corredores do Expresso de Hogwarts puxando o enorme malão com dificuldade.
Maldita hora em que fora acordar atrasada. Agora ela tinha que andar por aí a procura das amigas ou em último caso, de um vagão vazio.
O trem fez uma curva e o corpo de Mary, respeitando as leis da inércia, foi lançado para o lado oposto e numa tentativa de não perder o equilíbrio, a jovem largou o malão e se segurou no primeiro corpo sólido que suas mãos conseguiram tatear às cegas.
Suspirou aliviada ao notar que não estava mais correndo perigo de levar uma queda e só ao notar que estava segurando Regulus Black pelo robe do uniforme é que ela percebeu que comemorara cedo demais.
Ela o soltou como se tivesse levado um choque e super consciente - afinal, ele era um dos rapazes mais bonitos do ano dela - ela levou à mão aos cabelos e gelou ao notar que estava despenteada - os cabelos, antes presos numa trança, haviam se soltado com a corrida dela.
- Hmmm...desculpa. - ela disse, meio sem jeito. Estudava com Regulus Black há 5 anos, mas eles nunca interagiram antes - eram completamente opostos, começando pelo fato dele ser puro sangue e ela trouxa até o fato de que pertenciam às duas Casas que mais se odiavam em Hogwarts (Sonserina e Grifinória).
Ela puxou a alça do malão novamente e se preparou para continuar seu caminho, torcendo para que o resto dos Sonserinos não a vissem ali.
Maldita hora em que fora acordar atrasada. Agora ela tinha que andar por aí a procura das amigas ou em último caso, de um vagão vazio.
O trem fez uma curva e o corpo de Mary, respeitando as leis da inércia, foi lançado para o lado oposto e numa tentativa de não perder o equilíbrio, a jovem largou o malão e se segurou no primeiro corpo sólido que suas mãos conseguiram tatear às cegas.
Suspirou aliviada ao notar que não estava mais correndo perigo de levar uma queda e só ao notar que estava segurando Regulus Black pelo robe do uniforme é que ela percebeu que comemorara cedo demais.
Ela o soltou como se tivesse levado um choque e super consciente - afinal, ele era um dos rapazes mais bonitos do ano dela - ela levou à mão aos cabelos e gelou ao notar que estava despenteada - os cabelos, antes presos numa trança, haviam se soltado com a corrida dela.
- Hmmm...desculpa. - ela disse, meio sem jeito. Estudava com Regulus Black há 5 anos, mas eles nunca interagiram antes - eram completamente opostos, começando pelo fato dele ser puro sangue e ela trouxa até o fato de que pertenciam às duas Casas que mais se odiavam em Hogwarts (Sonserina e Grifinória).
Ela puxou a alça do malão novamente e se preparou para continuar seu caminho, torcendo para que o resto dos Sonserinos não a vissem ali.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº3
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Ted Tonks corria às gargalhadas pelo estreito corredor do Expresso de Hogwarts – sem se preocupar se havia telespectadores de olho na pequena confusão que ele criara (ele tinha pregado uma pequena peça no melhor amigo, Chris e agora fugia do mesmo).
Antes que pudesse se preparar, o trem fez uma curva e ele foi jogado para o lado oposto e caiu com tudo dentro de um vagão.
Ele estava acostumado com quedas – Merlin, olha só quem era sua mãe – mas o “crack” que viera de seu bolso após a queda o deixou preocupado. Ele se reergueu e antes que pudesse vasculhar o bolso dos robes, uma fumaça o envolveu e sua visão escureceu.
Minutos depois, Ted voltou a enxergar. Confuso, o jovem sentou-se no banco do vagão (vazio, para seu alívio) e tossindo um pouco, tirou do bolso o objeto que pegara ‘emprestado’ da sala de estudos da Tia Mione: um viratempo.
Para seu total desespero, o viratempo estava quebrado – uma areia branca escorria pelos cacos da ampulheta.
“Eu to ferrado” – Ted pensou enquanto voltava a guardar o objeto no bolso. Só pegara o viratempo emprestado para contar a história do padrinho em seu terceiro ano aos amigos com mais veracidade – Ted era um contador de histórias nato na torre da Lufa-lufa. Decidindo que já recebera castigo o suficiente pela peça que pregara, ele saiu do vagão e após dar dois passos, esbarrou em alguém.
- Desculpe - ele murmurou, segurando a pessoa pelos ombros. Ainda estava meio atordoado da queda que levara ou era impressão dele?
Antes que pudesse se preparar, o trem fez uma curva e ele foi jogado para o lado oposto e caiu com tudo dentro de um vagão.
Ele estava acostumado com quedas – Merlin, olha só quem era sua mãe – mas o “crack” que viera de seu bolso após a queda o deixou preocupado. Ele se reergueu e antes que pudesse vasculhar o bolso dos robes, uma fumaça o envolveu e sua visão escureceu.
Minutos depois, Ted voltou a enxergar. Confuso, o jovem sentou-se no banco do vagão (vazio, para seu alívio) e tossindo um pouco, tirou do bolso o objeto que pegara ‘emprestado’ da sala de estudos da Tia Mione: um viratempo.
Para seu total desespero, o viratempo estava quebrado – uma areia branca escorria pelos cacos da ampulheta.
“Eu to ferrado” – Ted pensou enquanto voltava a guardar o objeto no bolso. Só pegara o viratempo emprestado para contar a história do padrinho em seu terceiro ano aos amigos com mais veracidade – Ted era um contador de histórias nato na torre da Lufa-lufa. Decidindo que já recebera castigo o suficiente pela peça que pregara, ele saiu do vagão e após dar dois passos, esbarrou em alguém.
- Desculpe - ele murmurou, segurando a pessoa pelos ombros. Ainda estava meio atordoado da queda que levara ou era impressão dele?
Admin- Mensagens : 385
Data de inscrição : 06/03/2016
- Mensagem nº4
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
- eu agradeceria se você tirasse as mãos sujas de mim - Imogen encarou seriamente o rapaz à sua frente, contando até dez para não dar um chilique.
Veja bem, não que ela fosse o tipo de pessoa que andasse por aí distribuindo berros, muito pelo contrário: filha caçula dos Greengrass, uma das mais proeminentes famílias puro-sangue, Imogen aprendera desde cedo que o mais importante era manter as aparências - seguido de perto por não se meter com as pessoas erradas. E um garoto lufano definitivamente era uma pessoa errada.
Naquele dia, no entanto, Imogen estava disposta a abrir uma exceção à sua regra de evitar confusões. Embora o primeiro de setembro costumasse ser o seu dia favorito (aquele em que ela comemorava uma liberdade provisória dos olhos severos dos pais), 1977 o quadro era bem diferente: o mau humor da garota era tão grande que impregnava todo o vagão do trem.
- mas, mãe...
- é o seu último aviso! Tão pouco quanto encostar em uma vassoura e eu te transfiro para Beauxbatons imediatamente.
A conversa daquela manhã ainda ecoava pela mente de Imogen, e ela apenas revirou os olhos (com a lembrança da ameaça e com o fato do lufano à sua frente ser mais lerdo que uma lesma)
- essa cabine está ocupada. Eu não me atreveria a demorar nem mais um segundo aqui.
Os olhos azuis se fixaram no rapaz à sua frente pela primeira vez, e só então ela percebeu que o menino tinha cabelos azuis.
Quem em sã consciência usaria o cabelo azul?
- mas, de novo, se eu fosse você, também já teria me livrado dessa... Coisa na sua cabeça - ela fez uma careta e apontou vagamente para o rosto do rapaz.
Veja bem, não que ela fosse o tipo de pessoa que andasse por aí distribuindo berros, muito pelo contrário: filha caçula dos Greengrass, uma das mais proeminentes famílias puro-sangue, Imogen aprendera desde cedo que o mais importante era manter as aparências - seguido de perto por não se meter com as pessoas erradas. E um garoto lufano definitivamente era uma pessoa errada.
Naquele dia, no entanto, Imogen estava disposta a abrir uma exceção à sua regra de evitar confusões. Embora o primeiro de setembro costumasse ser o seu dia favorito (aquele em que ela comemorava uma liberdade provisória dos olhos severos dos pais), 1977 o quadro era bem diferente: o mau humor da garota era tão grande que impregnava todo o vagão do trem.
- mas, mãe...
- é o seu último aviso! Tão pouco quanto encostar em uma vassoura e eu te transfiro para Beauxbatons imediatamente.
A conversa daquela manhã ainda ecoava pela mente de Imogen, e ela apenas revirou os olhos (com a lembrança da ameaça e com o fato do lufano à sua frente ser mais lerdo que uma lesma)
- essa cabine está ocupada. Eu não me atreveria a demorar nem mais um segundo aqui.
Os olhos azuis se fixaram no rapaz à sua frente pela primeira vez, e só então ela percebeu que o menino tinha cabelos azuis.
Quem em sã consciência usaria o cabelo azul?
- mas, de novo, se eu fosse você, também já teria me livrado dessa... Coisa na sua cabeça - ela fez uma careta e apontou vagamente para o rosto do rapaz.
Admin- Mensagens : 385
Data de inscrição : 06/03/2016
- Mensagem nº5
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Regulus xingou mentalmente, amaldiçoando a existência de todos aqueles alunos mais novos que insistiam em correr pelo expresso de Hogwarts. Era mesmo tão difícil ficar em suas próprias cabines pelo período da viagem?
Ele mesmo já estaria na cabine que habitualmente ocupava com os colegas da Sonserina, se sua mãe não tivesse feito questão de se demorar na plataforma tanto para ficar de olho em Sirius, que saíra de casa naquele ano, quanto para o teatro habitual de família feliz.
Aquilo era apenas cansativo demais. Regulus não tinha mais paciência para os fingimentos e hipocrisias típicas da sociedade bruxa - e a perspectiva de que aquilo só pioraria depois que se formasse em Hogwarts não lhe agradava nem um pouco.
As íris cinzentas recaíram na garota à sua frente: uma verdadeira bagunça. Os fios vermelhos espetavam-se para todos os lados, e as vestes, claramente trouxas, estavam mais amassadas e gastas do que jamais seria aceitável. Demorou pouco tempo até que ela a reconhecesse:
- McDonald - a voz àspera e rouca deixava o desprezo claro - Vejo que você continua com o hábito de correr pelos corredores.
( Anos antes, os dois se esbarraram pelos corredores de Hogsmead, pelo mesmo motivo)
Regulus bateu as próprias vestes nos pontos em que a garota o agarrou, limpando-as de uma sujeira invisível.
- Espero que a falta de modos não seja contagiosa - ele falou, no momento em que ela começava a arrastar o próprio malão.
Dando as costas, ele continuou a seguir o seu caminho em direção à cabine de sempre, onde Imogen e os outros já deviam estar à sua espera.
Ele mesmo já estaria na cabine que habitualmente ocupava com os colegas da Sonserina, se sua mãe não tivesse feito questão de se demorar na plataforma tanto para ficar de olho em Sirius, que saíra de casa naquele ano, quanto para o teatro habitual de família feliz.
Aquilo era apenas cansativo demais. Regulus não tinha mais paciência para os fingimentos e hipocrisias típicas da sociedade bruxa - e a perspectiva de que aquilo só pioraria depois que se formasse em Hogwarts não lhe agradava nem um pouco.
As íris cinzentas recaíram na garota à sua frente: uma verdadeira bagunça. Os fios vermelhos espetavam-se para todos os lados, e as vestes, claramente trouxas, estavam mais amassadas e gastas do que jamais seria aceitável. Demorou pouco tempo até que ela a reconhecesse:
- McDonald - a voz àspera e rouca deixava o desprezo claro - Vejo que você continua com o hábito de correr pelos corredores.
( Anos antes, os dois se esbarraram pelos corredores de Hogsmead, pelo mesmo motivo)
Regulus bateu as próprias vestes nos pontos em que a garota o agarrou, limpando-as de uma sujeira invisível.
- Espero que a falta de modos não seja contagiosa - ele falou, no momento em que ela começava a arrastar o próprio malão.
Dando as costas, ele continuou a seguir o seu caminho em direção à cabine de sempre, onde Imogen e os outros já deviam estar à sua espera.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº6
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
A mão de Mary vacilou na alça de seu malão ao escutar o comentário ácido de Black e ela esticou o pescoço para trás, encarando as costas dele, a testa franzida de indignação.
Ele era tão bonito que às vezes ela se esquecia o quão intragável ele podia ser. Merlin, o modo como ele falara o nome dela...e ele precisava mesmo ter limpado as vestes daquele jeito após ela tê-lo tocado, como se ela fosse suja? (bagunçada sim, mas suja...?!)
...Mary mostrou a língua para ele e só quando o olhar dos dois se cruzou através do reflexo da janela de vidro é que ela percebeu que ele podia vê-la.
Corando e fazendo uma careta (mais por ter sido pega no flagra) a garota continuou seu caminho.
Regulus Black decididamente não merecia que ela perdesse seu tempo com ele.
A raiva que borbulhava em seu peito após aquele breve encontro logo deu lugar a alegria quando ela finalmente encontrou as amigas e quando deu por si já era chegada a hora de trocar as vestes trouxas pelo uniforme.
Quando o trem parou e ela escutou o grito de Hagrid chamando pelos primeiranistas, soltou um suspiro:
- Sinto que esse ano vai ser diferente. - ela falou para Alice Prewett, uma de suas melhores amigas e a loira de cabelos cacheados sorriu, entrelaçando o braço no dela.
- Okay, Trelawney. Vamos esperar a Lily numa das carruagens.
Ele era tão bonito que às vezes ela se esquecia o quão intragável ele podia ser. Merlin, o modo como ele falara o nome dela...e ele precisava mesmo ter limpado as vestes daquele jeito após ela tê-lo tocado, como se ela fosse suja? (bagunçada sim, mas suja...?!)
...Mary mostrou a língua para ele e só quando o olhar dos dois se cruzou através do reflexo da janela de vidro é que ela percebeu que ele podia vê-la.
Corando e fazendo uma careta (mais por ter sido pega no flagra) a garota continuou seu caminho.
Regulus Black decididamente não merecia que ela perdesse seu tempo com ele.
A raiva que borbulhava em seu peito após aquele breve encontro logo deu lugar a alegria quando ela finalmente encontrou as amigas e quando deu por si já era chegada a hora de trocar as vestes trouxas pelo uniforme.
Quando o trem parou e ela escutou o grito de Hagrid chamando pelos primeiranistas, soltou um suspiro:
- Sinto que esse ano vai ser diferente. - ela falou para Alice Prewett, uma de suas melhores amigas e a loira de cabelos cacheados sorriu, entrelaçando o braço no dela.
- Okay, Trelawney. Vamos esperar a Lily numa das carruagens.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº7
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Era de senso comum que Ted Tonks era um cara gente boa e raras vezes ele era visto perdendo a calma, mesmo em frente a conflitos (Merlin, ele não era da Lufa-lufa à toa...), mas o modo como aquela garota (que ele nunca vira antes, diga-se de passagem) se dirigira a ele o inervara de uma maneira inexplicável.
Ele tentou dar uma chance a ela – vai ver ela estava tendo um mal dia? – mas o último comentário dela sobre seu cabelo fez com que ele selasse sua opinião sobre aquele incidente:
ele decididamente não ia com a cara daquela ruiva – quem quer que ela fosse.
- Tem um negócio no seu rosto também – ele se pegou falando – Ah, não... –e aqui, ele sorriu amavelmente – É só a sua cara mesmo! - e ele passou por ela, fazendo questão de esbarrar o ombro no da garota (mas não muito forte, pois ele ainda tinha modos...queria apenas ter uma saída triunfal).
Só depois de dar vários passos e ver vários rostos desconhecidos é que o sexto sentido de Ted lhe avisou que havia algo errado.
Ele parou de andar e olhou ao redor, coçando a cabeça.
O que estava acontecendo?
Naquele momento, seu corpo se chocou ao de outra pessoa - dessa vez era um rapaz alto e moreno que esbarrou nele ao passar correndo pelo espaço estreito.
- Perdoe o meu amigo - uma voz falou enquanto ele massageava o ombro. Ted olhou para o outro rapaz que se aproximava, meio ofegante e arregalou os olhos ao ver a figura que sempre vira em álbuns de fotografias parada ao vivo e a cores na sua frente.
- R-Remus Lupin? - ele falou, meio sem fôlego. O rapaz - que era quase que como uma cópia dele não fosse a cicatriz no rosto e os cabelos castanhos - sorriu meio confuso.
- O próprio. - ele respondeu, educadamente - Me desculpe, mas acho que não conheço você...
Ted sentiu os joelhos falharem e pela segunda vez naquele dia, perdeu o controle de seus sentidos.
Ele tentou dar uma chance a ela – vai ver ela estava tendo um mal dia? – mas o último comentário dela sobre seu cabelo fez com que ele selasse sua opinião sobre aquele incidente:
ele decididamente não ia com a cara daquela ruiva – quem quer que ela fosse.
- Tem um negócio no seu rosto também – ele se pegou falando – Ah, não... –e aqui, ele sorriu amavelmente – É só a sua cara mesmo! - e ele passou por ela, fazendo questão de esbarrar o ombro no da garota (mas não muito forte, pois ele ainda tinha modos...queria apenas ter uma saída triunfal).
Só depois de dar vários passos e ver vários rostos desconhecidos é que o sexto sentido de Ted lhe avisou que havia algo errado.
Ele parou de andar e olhou ao redor, coçando a cabeça.
O que estava acontecendo?
Naquele momento, seu corpo se chocou ao de outra pessoa - dessa vez era um rapaz alto e moreno que esbarrou nele ao passar correndo pelo espaço estreito.
- Perdoe o meu amigo - uma voz falou enquanto ele massageava o ombro. Ted olhou para o outro rapaz que se aproximava, meio ofegante e arregalou os olhos ao ver a figura que sempre vira em álbuns de fotografias parada ao vivo e a cores na sua frente.
- R-Remus Lupin? - ele falou, meio sem fôlego. O rapaz - que era quase que como uma cópia dele não fosse a cicatriz no rosto e os cabelos castanhos - sorriu meio confuso.
- O próprio. - ele respondeu, educadamente - Me desculpe, mas acho que não conheço você...
Ted sentiu os joelhos falharem e pela segunda vez naquele dia, perdeu o controle de seus sentidos.
Admin- Mensagens : 385
Data de inscrição : 06/03/2016
- Mensagem nº8
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Regulus ergueu uma sobrancelha ao ver o reflexo de Mary McDonald lhe dando língua. Merlin, maturidade realmente não era o forte da grifinória.
(Era preciso admitir, no entanto, que a careta dela era engraçada. Foi preciso um pouquinho de esforço para segurar o riso.)
O que não era nem um pouco divertido era esperar pelo jantar. Por algum motivo, a cerimônia do chapéu seletor estava atrasada, e ele mal podia se aguentar de fome.
Sentado à mesa da sonserina, ele resmungou um pouquinho, ao que Imogen riu sob a respiração.
- tsc tsc tsc, Reg... Encare o atraso como um incentivo à sua dieta. Você não quer ficar com a pancinha igual à do Orion, quer? - a menina riu abertamente com a provocação ao melhor amigo.
Regulus revirou os olhos, mas sorriu. Im e ele eram amigos desde crianças, e eram os únicos com quem tinham intimidade o suficiente para aquele tipo de brincadeira.
- Continue me pirraçando e serei eu o caguete desse ano, Imogen... - ele segurou o riso, fazendo menção ao fato de que não importava quão desinteressados na vida acadêmica da filha os Greengrass fossem, a mãe da amiga aparecia em Hogwarts ao menor indício de que Im estivesse jogando quadribol ( o que a garota sempre fazia e que algum puxa-saco da família dela sempre delatava na primeira oportunidade).
Antes que ela pudesse reclamar com Regulus - aquilo era jogar sujo demais - um alvoroço na mesa da Grifinória chamou a atenção do rapaz:
Sirius e o imbecil do Potter faziam alguma palhaçada, enquanto algumas meninas riam bobamente ao redor deles. Os olhos cinzentos de Regulus deslizaram pelas faces risonhas até reconhecer as bochechas coradas de McDonald.
Um muxoxo de impaciência escapou de seus lábios, mas Imogen logo o cutucou, apontando a presença de Albus Dumbledore, que finalmente entrara no salão e se dirigira à mesa dos professores.
(Era preciso admitir, no entanto, que a careta dela era engraçada. Foi preciso um pouquinho de esforço para segurar o riso.)
O que não era nem um pouco divertido era esperar pelo jantar. Por algum motivo, a cerimônia do chapéu seletor estava atrasada, e ele mal podia se aguentar de fome.
Sentado à mesa da sonserina, ele resmungou um pouquinho, ao que Imogen riu sob a respiração.
- tsc tsc tsc, Reg... Encare o atraso como um incentivo à sua dieta. Você não quer ficar com a pancinha igual à do Orion, quer? - a menina riu abertamente com a provocação ao melhor amigo.
Regulus revirou os olhos, mas sorriu. Im e ele eram amigos desde crianças, e eram os únicos com quem tinham intimidade o suficiente para aquele tipo de brincadeira.
- Continue me pirraçando e serei eu o caguete desse ano, Imogen... - ele segurou o riso, fazendo menção ao fato de que não importava quão desinteressados na vida acadêmica da filha os Greengrass fossem, a mãe da amiga aparecia em Hogwarts ao menor indício de que Im estivesse jogando quadribol ( o que a garota sempre fazia e que algum puxa-saco da família dela sempre delatava na primeira oportunidade).
Antes que ela pudesse reclamar com Regulus - aquilo era jogar sujo demais - um alvoroço na mesa da Grifinória chamou a atenção do rapaz:
Sirius e o imbecil do Potter faziam alguma palhaçada, enquanto algumas meninas riam bobamente ao redor deles. Os olhos cinzentos de Regulus deslizaram pelas faces risonhas até reconhecer as bochechas coradas de McDonald.
Um muxoxo de impaciência escapou de seus lábios, mas Imogen logo o cutucou, apontando a presença de Albus Dumbledore, que finalmente entrara no salão e se dirigira à mesa dos professores.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº9
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
A consciência de Ted foi voltando aos poucos e a primeira coisa que ele se deu conta foi que se encontrava deitado em uma superfície macia. Sua cama, com certeza. É, um sonho maluco era a única explicação para tudo aquilo que ele vivenciara (ou achara que vivenciara) até ali – a garota mal educada do trem, a visão do pai adolescente ... Dali a uns minutos a avó gritaria por seu nome, com certeza.
...Ele abriu os olhos e quando olhou ao redor, percebeu que seu sexto sentido estava meio falho:
encontrava-se, na verdade, num pequeno escritório que lembrava muito a sala da diretora McGonnagall – mas a mesinha cheia de objetos de todos os tamanhos a um canto não era nada característico de Minnie.
"O que diabos aconteceu?" - ele pensou com seus botões e naquele exato momento, um homem alto, de meia idade e barba ruiva entrou no seu campo de visão.
Um arrepio percorreu o corpo do adolescente. Ele conhecia aquelas feições: mesmo aparentando ser vários anos mais novos que o retrato da sua figurinha do sapo de chocolate, não havia como se enganar. Aquela barba, aqueles oclinhos de meia lua e os olhos profundamente azuis...
Albus Dumbledore.
Ted se beliscou. Ele só podia estar sonhando. Um sonho lúcido – pelo que ele se lembrava da voz da Tia Mione explicando, aquele tipo de sonho era bem normal de acontecer e...
Albus Dumbledor começou a falar com ele e Ted voltou sua atenção ao seu discurso. Em breve ele acordaria, então podia muito bem fingir que estava com as coisas sob controle.
- E então...como você se chama? - a voz dele era muito calma.
- Ted Tonks.
- Tonks? A única Tonks que conheço é Andromeda e pelo que eu saiba, ela não tem herdeiros homens. - Dumbledore franziu a testa, confuso.
- Andromeda é a minha avó. Escuta Dumbledore...senhor. - ele se levantou tão rápido que sentiu a visão ficar turva - Isso é um sonho?
- Por que diz isso, Ted?
- Bom...o senhor está... - Ted não sabia porque, mas não queria falar na cara de Albus que ele estava a sete palmos fazia alguns anos. Sentiria-se super mal educado se o fizesse. - Eu...em que ano estamos?
- 1976.
- Ah. Aí está! - ele apontou para o diretor, sorrindo - É claro, claro. Eu tava lendo sobre 1976 ontem deve ser por isso que tô sonhando com isso hoje... - Ted começou a andar pra lá e pra cá no pequeno escritório. – Faz sentido.
- Eu me atrevo a dizer que continuo sem entender, Ted.
Ted parou de andar e só depois de se beliscar mais uma vez e sentir dor é que ele começou a se dar conta que podia não ser um sonho. Foi então que ele se lembrou do vira-tempo aos pedaços em seu bolso.
- Ah, merda... – ele resmungou e puxando os caquinhos de seu bolso – O senhor não vai acreditar, mas...eu sou do futuro.
_____
Por mais impossível que toda aquela história soasse, Dumbledore acabou acreditando nele e depois de assegurar a Ted que ele poderia voltar para casa (no seu tempo, claro), eles dois bolaram um plano sobre o que diabos ele faria até lá – o diretor, é claro, não podia lhe dar certeza de quanto tempo aquilo levaria (poderia demorar anos, para a profunda tristeza do rapazinho).Uma coisa era unânime: Ted precisaria assistir às aulas, já que não havia mais para onde ele ir.
Ficou decidido que ele se chamaria Ted Smith ali em 1976 e que fora transferido a Hogwarts após se inscrever num programa de intercâmbio.
Depois de conversar com a professora Sprout – ele continuaria pertecendo à Lufa-lufa, para seu total alívio – e acertar mais alguns detalhes, Ted foi liberado para o jantar – na verdade, o diretor iria apresentá-lo para o resto da escola e puxa, ele não sabia se seu estômago estava doendo de fome ou de nervoso.
Em seu tempo, ele não tinha nenhum problema em falar em público.
Ali, em 1976 ele não conhecia ninguém.
Depois do diretor contar a sua pequena história, Ted adentrou o salão, as palmas da mão suando frio. Ele podia ver algumas pessoas se cutucando e apontando para ele – e só depois dos olhares curisos é que ele percebeu a mancada que havia cometido: continuava com os cabelos azul-turquesa. Em 2014 era tão normal ser diferente que ele nem se preocupara muito com aquele detalhe.
Ele sorriu, agradecendo as palmas nada calorosas dos colegas (bom, ele era o principal motivo pelo qual o jantar estava atrasado) e se dirigiu à mesa da Lufa-lufa, onde foi recebido com apertos de mãos e tapinhas nos ombros.
Bom, pelo menos uma coisa ele podia ter certeza agora:
a Lufa-lufa sempre fora a casa mais receptiva.
...Ele abriu os olhos e quando olhou ao redor, percebeu que seu sexto sentido estava meio falho:
encontrava-se, na verdade, num pequeno escritório que lembrava muito a sala da diretora McGonnagall – mas a mesinha cheia de objetos de todos os tamanhos a um canto não era nada característico de Minnie.
"O que diabos aconteceu?" - ele pensou com seus botões e naquele exato momento, um homem alto, de meia idade e barba ruiva entrou no seu campo de visão.
Um arrepio percorreu o corpo do adolescente. Ele conhecia aquelas feições: mesmo aparentando ser vários anos mais novos que o retrato da sua figurinha do sapo de chocolate, não havia como se enganar. Aquela barba, aqueles oclinhos de meia lua e os olhos profundamente azuis...
Albus Dumbledore.
Ted se beliscou. Ele só podia estar sonhando. Um sonho lúcido – pelo que ele se lembrava da voz da Tia Mione explicando, aquele tipo de sonho era bem normal de acontecer e...
Albus Dumbledor começou a falar com ele e Ted voltou sua atenção ao seu discurso. Em breve ele acordaria, então podia muito bem fingir que estava com as coisas sob controle.
- E então...como você se chama? - a voz dele era muito calma.
- Ted Tonks.
- Tonks? A única Tonks que conheço é Andromeda e pelo que eu saiba, ela não tem herdeiros homens. - Dumbledore franziu a testa, confuso.
- Andromeda é a minha avó. Escuta Dumbledore...senhor. - ele se levantou tão rápido que sentiu a visão ficar turva - Isso é um sonho?
- Por que diz isso, Ted?
- Bom...o senhor está... - Ted não sabia porque, mas não queria falar na cara de Albus que ele estava a sete palmos fazia alguns anos. Sentiria-se super mal educado se o fizesse. - Eu...em que ano estamos?
- 1976.
- Ah. Aí está! - ele apontou para o diretor, sorrindo - É claro, claro. Eu tava lendo sobre 1976 ontem deve ser por isso que tô sonhando com isso hoje... - Ted começou a andar pra lá e pra cá no pequeno escritório. – Faz sentido.
- Eu me atrevo a dizer que continuo sem entender, Ted.
Ted parou de andar e só depois de se beliscar mais uma vez e sentir dor é que ele começou a se dar conta que podia não ser um sonho. Foi então que ele se lembrou do vira-tempo aos pedaços em seu bolso.
- Ah, merda... – ele resmungou e puxando os caquinhos de seu bolso – O senhor não vai acreditar, mas...eu sou do futuro.
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Por mais impossível que toda aquela história soasse, Dumbledore acabou acreditando nele e depois de assegurar a Ted que ele poderia voltar para casa (no seu tempo, claro), eles dois bolaram um plano sobre o que diabos ele faria até lá – o diretor, é claro, não podia lhe dar certeza de quanto tempo aquilo levaria (poderia demorar anos, para a profunda tristeza do rapazinho).Uma coisa era unânime: Ted precisaria assistir às aulas, já que não havia mais para onde ele ir.
Ficou decidido que ele se chamaria Ted Smith ali em 1976 e que fora transferido a Hogwarts após se inscrever num programa de intercâmbio.
Depois de conversar com a professora Sprout – ele continuaria pertecendo à Lufa-lufa, para seu total alívio – e acertar mais alguns detalhes, Ted foi liberado para o jantar – na verdade, o diretor iria apresentá-lo para o resto da escola e puxa, ele não sabia se seu estômago estava doendo de fome ou de nervoso.
Em seu tempo, ele não tinha nenhum problema em falar em público.
Ali, em 1976 ele não conhecia ninguém.
Depois do diretor contar a sua pequena história, Ted adentrou o salão, as palmas da mão suando frio. Ele podia ver algumas pessoas se cutucando e apontando para ele – e só depois dos olhares curisos é que ele percebeu a mancada que havia cometido: continuava com os cabelos azul-turquesa. Em 2014 era tão normal ser diferente que ele nem se preocupara muito com aquele detalhe.
Ele sorriu, agradecendo as palmas nada calorosas dos colegas (bom, ele era o principal motivo pelo qual o jantar estava atrasado) e se dirigiu à mesa da Lufa-lufa, onde foi recebido com apertos de mãos e tapinhas nos ombros.
Bom, pelo menos uma coisa ele podia ter certeza agora:
a Lufa-lufa sempre fora a casa mais receptiva.
Admin- Mensagens : 385
Data de inscrição : 06/03/2016
- Mensagem nº10
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Imogen observou o garoto-de-cabelos-azuis adentrar o Salão Principal com uma ruguinha na testa e sem se dar ao trabalho de fazer coro à salva de palmas que alguns alunos lhe dispensavam. A piadinha dele e o esbarrão claramente intencional do trem ainda frescos em sua memória. Ainda por cima ele se chamava Smith. Tudo o que Hogwarts precisava: mais um zé ninguém para fazer escândalos por aí.
E por Merlin, qual era o problema com aquele cabelo?
Sem dispensar mais atenção que o necessário ao lufano, a garota fez a sua refeição em silêncio, apenas acompanhando com falsos sorrisos a conversa de suas colegas (Narcisa repetia pela vigésima vez a história “oh, tão romântica” de como Lucius a pedira em casamento).
***
Os corredores do castelo estarem quase vazios era a prova de que Imogen tinha cancelado o despertador por vezes demais naquela manhã.
Aquele péssimo hábito era motivo constante de brigas e castigos por parte da mãe. Margaret Greengrass carregava consigo a ideia de que uma dama jamais se atrasava, ou, mais importante ainda, jamais se apresentava com um único fio de cabelo fora do lugar ou sem a porção adequada de maquiagem.
Imogen, com quem a natureza tinha sido bondosa o suficiente para incluí-la entre as bruxas mais bonitas de sua idade, herdara da mãe o bom gosto inegável, bem como o fato de se sentir bem sempre que estava arrumada. Seu azar, no entanto, era o fato de ter herdado o relógio biológico do pai, e fazer de um tudo por alguns minutinhos a mais de sono.
Mesmo se atrasar para a aula de Astronomia.
Mas, vai, não era nada tão horrível assim: todo mundo sabia que a primeira aula de astronomia era inútil, as aulas importantes eram todas à noite, e não pela manhã. O professor provavelmente falaria uma de suas baboseiras típicas sobre Ândromeda e vênus ou Marte e Plutão. Nada de novo.
A tentativa de prender os cabelos acobreados fez com que ela parasse em frente a uma armadura, usando a superfície espelhada para arrumar os poucos fios rebeldes. Tão entretida que estava, a garota não percebeu que alguém vinha correndo pelo corredor, até se ver caída no chão, livros e mochila espalhados por todos os lados.
- Arre! – ela gritou, olhando para os seus pertences largados pelo chão - Olha por onde anda!!
Imogen levantou os olhos até encontrar os já conhecidos cabelos azuis, e bufou de raiva.
- Tinha que ser você!
E por Merlin, qual era o problema com aquele cabelo?
Sem dispensar mais atenção que o necessário ao lufano, a garota fez a sua refeição em silêncio, apenas acompanhando com falsos sorrisos a conversa de suas colegas (Narcisa repetia pela vigésima vez a história “oh, tão romântica” de como Lucius a pedira em casamento).
***
Os corredores do castelo estarem quase vazios era a prova de que Imogen tinha cancelado o despertador por vezes demais naquela manhã.
Aquele péssimo hábito era motivo constante de brigas e castigos por parte da mãe. Margaret Greengrass carregava consigo a ideia de que uma dama jamais se atrasava, ou, mais importante ainda, jamais se apresentava com um único fio de cabelo fora do lugar ou sem a porção adequada de maquiagem.
Imogen, com quem a natureza tinha sido bondosa o suficiente para incluí-la entre as bruxas mais bonitas de sua idade, herdara da mãe o bom gosto inegável, bem como o fato de se sentir bem sempre que estava arrumada. Seu azar, no entanto, era o fato de ter herdado o relógio biológico do pai, e fazer de um tudo por alguns minutinhos a mais de sono.
Mesmo se atrasar para a aula de Astronomia.
Mas, vai, não era nada tão horrível assim: todo mundo sabia que a primeira aula de astronomia era inútil, as aulas importantes eram todas à noite, e não pela manhã. O professor provavelmente falaria uma de suas baboseiras típicas sobre Ândromeda e vênus ou Marte e Plutão. Nada de novo.
A tentativa de prender os cabelos acobreados fez com que ela parasse em frente a uma armadura, usando a superfície espelhada para arrumar os poucos fios rebeldes. Tão entretida que estava, a garota não percebeu que alguém vinha correndo pelo corredor, até se ver caída no chão, livros e mochila espalhados por todos os lados.
- Arre! – ela gritou, olhando para os seus pertences largados pelo chão - Olha por onde anda!!
Imogen levantou os olhos até encontrar os já conhecidos cabelos azuis, e bufou de raiva.
- Tinha que ser você!
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº11
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
“Droga, droga, droga, droga...!” – Mary murmurou ao erguer a cabeça pra ver a hora no relógio que ficava em sua mesinha de cabeceira. Eram 8:10 da manhã, ou seja, estava 10 minutos atrasada para a primeira aula do dia. Levantou da cama num pulo e saiu pelo dormitório, conjurando suas vestes (dando graças a Deus por estar sozinha, pois não corria o perigo de esbarrar em ninguém). Terminou seu ritual de higiene pessoal e fez uma trança qualquer no cabelo para deixá-lo o mais apresentável possível e decidiu que bom, era aquilo ou nada.
Terminou de calçar os sapatos, pegou a mochila e saiu correndo em direção às masmorras. Por que a arquitetura de Hogwarts tinha que ser tão complexa? Por que aula numa masmorra? Por que Poções logo no primeiro horário? Ela se perguntava enquanto pulava vários degraus de escada, evitando os que tinham alguma armadilha. Mas ela sabia que a culpa não era da arquitetura do castelo, nem do horário e sim dela mesma por ter ido dormir tão tarde (ficara ajeitando seu álbum de fotografia até altas horas da noite)
Ao alcançar o local onde sua primeira aula do dia transcorria há exatos 25 minutos, a ruiva encontrava-se totalmente sem fôlego, sentindo pontadas do lado esquerdo da barriga – era esse o castigo que recebia pelo seu sedentarismo. Respirou fundo e, encarando o próprio reflexo numa das armaduras que se encontravam junto a porta da sala, arregalou os olhos com o que viu. Era a definição de bagunça: seus cabelos ondulados encontravam-se soltos, volumosos e alguns fios da franja grudavam na testa por conta do suor. A camiseta branca do uniforme estava amarrotada e por fora da saia, esquecera-se dar um nó decente na gravata e o robe preto escorregava por sob um de seus ombros. Passou a mão pelos cabelos, domando-os e respirou fundo novamente, criando coragem para entrar na sala.
“Que seja” – deu de ombros e abriu a porta da masmorra. Slughorn, que discursava animado na frente da sala sobre a poção que estudariam nos próximos dias, parou sua fala no meio e a encarou, crispando os lábios e fazendo o seu volumoso bigode estremecer.
- Srta. McDonald – o mestre de Poções ergueu uma sobrancelha, analisando sua aparência – Vejo que decidiu dar o ar de sua graça - Algumas pessoas soltaram risadinhas e Mary McDonald sentiu-se impotente, não conseguindo pensar em algo que pudesse justificar seu atraso. Sabia que mesmo que fosse boa para inventar desculpas esfarrapadas não iria adiantar nada pois já havia uma ruiva nascida trouxa ocupando o espaço de estudante preferida no coração de Slughorn (Lily Evans).
- Bom, não fique parada aí. Sente-se, Srta. McDonald – ele suspirou dramaticamente, gesticulando para o fundo da sala. – Ah...e 5 pontos a menos para a Grifinória. – os Grifinórios franziram o cenho para a garota enquanto os Sonserinos riam– Não lhe darei uma detenção visto que é apenas o primeiro dia de aula, mas espero que isso não se repita.
Mary teve a decência de parecer envergonhada. Caminhou até a primeira mesa vazia que sua visão periférica localizara ao entrar e sentou-se.
- Sobre o que eu estava falando?
- Sobre a Poção do Morto-Vivo, Professor – uma aluna sentada à frente da sala falou prontamente.
- Oh, sim. Alguém pode me dizer algumas características dessa poção? – Slughorn voltou a andar pela sala e Mary puxou um pergaminho e uma caneta esferográfica da mochila, fazendo o possível para se concentrar na aula. Merlin, ela odiava Poções. Não tinha a menor destreza ou paciência pra esperar a mistura ficar pronta e sempre acabava se distraindo lá pelo meio e errando algum ingrediente.
Terminou de calçar os sapatos, pegou a mochila e saiu correndo em direção às masmorras. Por que a arquitetura de Hogwarts tinha que ser tão complexa? Por que aula numa masmorra? Por que Poções logo no primeiro horário? Ela se perguntava enquanto pulava vários degraus de escada, evitando os que tinham alguma armadilha. Mas ela sabia que a culpa não era da arquitetura do castelo, nem do horário e sim dela mesma por ter ido dormir tão tarde (ficara ajeitando seu álbum de fotografia até altas horas da noite)
Ao alcançar o local onde sua primeira aula do dia transcorria há exatos 25 minutos, a ruiva encontrava-se totalmente sem fôlego, sentindo pontadas do lado esquerdo da barriga – era esse o castigo que recebia pelo seu sedentarismo. Respirou fundo e, encarando o próprio reflexo numa das armaduras que se encontravam junto a porta da sala, arregalou os olhos com o que viu. Era a definição de bagunça: seus cabelos ondulados encontravam-se soltos, volumosos e alguns fios da franja grudavam na testa por conta do suor. A camiseta branca do uniforme estava amarrotada e por fora da saia, esquecera-se dar um nó decente na gravata e o robe preto escorregava por sob um de seus ombros. Passou a mão pelos cabelos, domando-os e respirou fundo novamente, criando coragem para entrar na sala.
“Que seja” – deu de ombros e abriu a porta da masmorra. Slughorn, que discursava animado na frente da sala sobre a poção que estudariam nos próximos dias, parou sua fala no meio e a encarou, crispando os lábios e fazendo o seu volumoso bigode estremecer.
- Srta. McDonald – o mestre de Poções ergueu uma sobrancelha, analisando sua aparência – Vejo que decidiu dar o ar de sua graça - Algumas pessoas soltaram risadinhas e Mary McDonald sentiu-se impotente, não conseguindo pensar em algo que pudesse justificar seu atraso. Sabia que mesmo que fosse boa para inventar desculpas esfarrapadas não iria adiantar nada pois já havia uma ruiva nascida trouxa ocupando o espaço de estudante preferida no coração de Slughorn (Lily Evans).
- Bom, não fique parada aí. Sente-se, Srta. McDonald – ele suspirou dramaticamente, gesticulando para o fundo da sala. – Ah...e 5 pontos a menos para a Grifinória. – os Grifinórios franziram o cenho para a garota enquanto os Sonserinos riam– Não lhe darei uma detenção visto que é apenas o primeiro dia de aula, mas espero que isso não se repita.
Mary teve a decência de parecer envergonhada. Caminhou até a primeira mesa vazia que sua visão periférica localizara ao entrar e sentou-se.
- Sobre o que eu estava falando?
- Sobre a Poção do Morto-Vivo, Professor – uma aluna sentada à frente da sala falou prontamente.
- Oh, sim. Alguém pode me dizer algumas características dessa poção? – Slughorn voltou a andar pela sala e Mary puxou um pergaminho e uma caneta esferográfica da mochila, fazendo o possível para se concentrar na aula. Merlin, ela odiava Poções. Não tinha a menor destreza ou paciência pra esperar a mistura ficar pronta e sempre acabava se distraindo lá pelo meio e errando algum ingrediente.
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- Mensagem nº12
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Ted corria pelos corredores – os seus novos (ou seriam velhos? Aquilo era tão paradoxal!) colegas de quarto ficaram com pena de acordá-lo e seu “cinco minutinhos” acabaram se tornando 20 minutos de atraso.
Ele estava pensando em qual desculpa daria ao professor (podia muito bem lançar a desculpa de ser novo ali e não conhecer o caminho) quando seu corpo colidiu com o de outra pessoa e ele foi ao chão.
O pedido de desculpas morreu em sua garganta quando ele viu de quem se tratava: a Sonserina-com-cara-de-nojo que tivera o desprazer de conhecer no Expresso de Hogwarts.
- Bom dia para você também! - ele sorriu amarelo enquanto a ajudava a recolher o material (bem, era culpa dele e por mais que ele não fosse com a cara dela ele não podia deixar uma pessoa que claramente precisava de ajuda desamparada).
Ele estendeu uma das mãos para ajudá-la a se erguer, a outra mão ocupada pelo material dela.
Ele estava pensando em qual desculpa daria ao professor (podia muito bem lançar a desculpa de ser novo ali e não conhecer o caminho) quando seu corpo colidiu com o de outra pessoa e ele foi ao chão.
O pedido de desculpas morreu em sua garganta quando ele viu de quem se tratava: a Sonserina-com-cara-de-nojo que tivera o desprazer de conhecer no Expresso de Hogwarts.
- Bom dia para você também! - ele sorriu amarelo enquanto a ajudava a recolher o material (bem, era culpa dele e por mais que ele não fosse com a cara dela ele não podia deixar uma pessoa que claramente precisava de ajuda desamparada).
Ele estendeu uma das mãos para ajudá-la a se erguer, a outra mão ocupada pelo material dela.
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- Mensagem nº13
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Desde que se entendia por gente, Regulus tinha uma facilidade enorme para poções. Jamais saberia atribuir uma causa para aquilo, mas ele apenas não precisava se esforçar para que suas poções saíssem com as devidas formas, textura e sabor. Assim sendo, ele apenas rabiscava desenhos aleatórios nas bordas do seu pergaminho.
Quando McDonald chegou, Regulus parou seu desenho de um pomo de ouro e ergueu o olhar, encarando a cena à sua frente. Assim como os demais sonserinos, ele ensaiou um risinho de desdém com os pontos descontados da Grifinória, mas o meio sorriso em seu rosto morreu no instante em que a garota se sentou ao seu lado.
As íris acinzentadas a analisaram de cima a baixo – Merlin, como alguém podia se apresentar publicamente de forma tão desalinhada? Era assim que os trouxas agiam?
- Não posso te impedir de sentar onde bem entende, McDonald, mas é melhor que você mantenha o seu campo pessoal de desastres sob controle – ele falou, anotando rapidamente um trecho de informação que Slughorn passava aos alunos – se você for tão boa com uma faca como é com a varinha, temo precisar eu mesmo de um gole da poção Morto-Vivo.
Quando McDonald chegou, Regulus parou seu desenho de um pomo de ouro e ergueu o olhar, encarando a cena à sua frente. Assim como os demais sonserinos, ele ensaiou um risinho de desdém com os pontos descontados da Grifinória, mas o meio sorriso em seu rosto morreu no instante em que a garota se sentou ao seu lado.
As íris acinzentadas a analisaram de cima a baixo – Merlin, como alguém podia se apresentar publicamente de forma tão desalinhada? Era assim que os trouxas agiam?
- Não posso te impedir de sentar onde bem entende, McDonald, mas é melhor que você mantenha o seu campo pessoal de desastres sob controle – ele falou, anotando rapidamente um trecho de informação que Slughorn passava aos alunos – se você for tão boa com uma faca como é com a varinha, temo precisar eu mesmo de um gole da poção Morto-Vivo.
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- Mensagem nº14
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
- Eu posso levantar sozinha, obrigada – Imogen fez uma imitação de sorriso e se pôs de pé, ignorando a mão estendida.
Tomando os livros da mão dele, ela os enfiou novamente na mochila, malmente encarando o garoto à sua frente.
- Eu não sei como as coisas são na sua terra, mas no Reino Unido é considerado de extrema falta de educação correr pelos corredores mesmo que você tenha menos de cinco anos de idade.
Erguendo os olhos verdes até os castanhos dele, ela estalou a língua no céu da boa, e seus lábios arquearam em um sorrisinho maldoso.
- Talvez seja isso: você está agindo de acordo com a sua idade mental – dando uma olhada furtiva para os cabelos do rapaz, ela continuou:
- Explicaria o cabelo de giz de cera, também.
Tomando os livros da mão dele, ela os enfiou novamente na mochila, malmente encarando o garoto à sua frente.
- Eu não sei como as coisas são na sua terra, mas no Reino Unido é considerado de extrema falta de educação correr pelos corredores mesmo que você tenha menos de cinco anos de idade.
Erguendo os olhos verdes até os castanhos dele, ela estalou a língua no céu da boa, e seus lábios arquearam em um sorrisinho maldoso.
- Talvez seja isso: você está agindo de acordo com a sua idade mental – dando uma olhada furtiva para os cabelos do rapaz, ela continuou:
- Explicaria o cabelo de giz de cera, também.
Mary McDonald- Mensagens : 380
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- Mensagem nº15
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Só depois daquela provocação é que Mary notou a presença de Regulus Black ao seu lado. Ficou tão distraída ao tentar fugir dos olhares do restante da classe que nem se tocou quem seria seu companheiro de bancada aquele dia.
Ela respirou fundo e decidiu ignorá-lo - era o melhor que ela podia fazer. Já ouvira coisas piores vindas do resto do pessoal da casa verde e prata, então aquele tipo de comentário não a incomodava tanto assim (além do mais, não é como se não fosse verdade. Ela era um desastre total naquela aula).
Quando se deu conta, Mary estava separando os ingredientes para a poção daquele dia, cantarolando uma melodia enquanto realizava a tarefa. Apontou a varinha para as raízes de valeriana e antes que pudesse murmurar um feitiço para cortá-las do tamanho certo, começou a prestar atenção em Black (vai que ela aprendia alguma coisa observando ele?)
O rapaz cortava os ingredientes com uma precisão de dar inveja – mesmo utilizando feitiço, ela nunca acertava aquilo – e Merlin, ele parecia um galã dos filmes preto-e-branco que a mãe dela gostava. Enquanto o observava, a Grifinória sentiu um arrependimento por não ter se esforçado um pouco mais ao se arrumar naquela manhã: o rapaz ao contrário dela, vestia o uniforme completo - gravata verde e prata, camiseta branca sem um amassado sequer e por dentro da calça e o robe preto parecia novíssimo em folha (não estava desbotado como o dela). Os cabelos negros estavam partidos ao meio e tão bem penteados que ela não pôde evitar de levar a mão até os próprios cabelos, conscientemente.
"Foco, McDonald" - ela suspirou e voltou sua atenção para a tarefa em sua frente. Inclinando-se sobre a mesa de madeira, ela começou a cortar os ingredientes e ao se aproximar do caldeirão para jogá-los ali, sentiu as lentes do óculos embaçarem por causa do vapor.
- Meleca de Trasgo - ela resmungou, tirando os óculos e puxando a camisa para limpá-los.
Ela respirou fundo e decidiu ignorá-lo - era o melhor que ela podia fazer. Já ouvira coisas piores vindas do resto do pessoal da casa verde e prata, então aquele tipo de comentário não a incomodava tanto assim (além do mais, não é como se não fosse verdade. Ela era um desastre total naquela aula).
Quando se deu conta, Mary estava separando os ingredientes para a poção daquele dia, cantarolando uma melodia enquanto realizava a tarefa. Apontou a varinha para as raízes de valeriana e antes que pudesse murmurar um feitiço para cortá-las do tamanho certo, começou a prestar atenção em Black (vai que ela aprendia alguma coisa observando ele?)
O rapaz cortava os ingredientes com uma precisão de dar inveja – mesmo utilizando feitiço, ela nunca acertava aquilo – e Merlin, ele parecia um galã dos filmes preto-e-branco que a mãe dela gostava. Enquanto o observava, a Grifinória sentiu um arrependimento por não ter se esforçado um pouco mais ao se arrumar naquela manhã: o rapaz ao contrário dela, vestia o uniforme completo - gravata verde e prata, camiseta branca sem um amassado sequer e por dentro da calça e o robe preto parecia novíssimo em folha (não estava desbotado como o dela). Os cabelos negros estavam partidos ao meio e tão bem penteados que ela não pôde evitar de levar a mão até os próprios cabelos, conscientemente.
"Foco, McDonald" - ela suspirou e voltou sua atenção para a tarefa em sua frente. Inclinando-se sobre a mesa de madeira, ela começou a cortar os ingredientes e ao se aproximar do caldeirão para jogá-los ali, sentiu as lentes do óculos embaçarem por causa do vapor.
- Meleca de Trasgo - ela resmungou, tirando os óculos e puxando a camisa para limpá-los.
Mary McDonald- Mensagens : 380
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- Mensagem nº16
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
- E o que você diz desse cabelo cor de cenoura, hein? – Ted girou os olhos, apontando para os longos cabelos ruivos dela. Arg, como uma pessoa podia ser tão antipática?
O rapazinho decidiu que não queria saber a resposta para aquela pergunta e, ajeitando a alça da mochila no ombro, continuou seu caminho. Não queria perder a aula de sua matéria favorita por causa de certas pessoas.
Apressou o passo – sem correr, obrigado – e alcançou a sala de aula ao mesmo tempo que aquela garota intragável. Coincidência pouca era bobagem.
Antes que Ted pudesse deixá-la entrar primeiro (ele tinha modos...quando queria), ela passou esbarrando o ombro no dele e entrou na sala sem dirigir uma palavra sequer ao professor. Ted, ao contrário dela, foi mais simpático:
sorriu para o mestre e pediu desculpas, as quais foram aceitas prontamente pelo professor - o fato de que ele era novato era uma bela de uma desculpa para evitar detenções, afinal.
Depois de se redimir, o lufa-lufano caminhou até a carteira mais ao fundo da sala, piscando para uma garota que o encarava com curiosidade - seus cabelos azuis eram realmente chamativos e ele já se pegara ponderando se valia à pena transformá-los...um tom castanho, quem sabe?
Antes que ele pudesse perceber, alguém esticou o pé, fazendo ele tropeçar e Ted Tonks sentiu o rosto arder de vergonha ao ir de encontro ao chão pela segunda vez só aquela manhã.
O rapazinho decidiu que não queria saber a resposta para aquela pergunta e, ajeitando a alça da mochila no ombro, continuou seu caminho. Não queria perder a aula de sua matéria favorita por causa de certas pessoas.
Apressou o passo – sem correr, obrigado – e alcançou a sala de aula ao mesmo tempo que aquela garota intragável. Coincidência pouca era bobagem.
Antes que Ted pudesse deixá-la entrar primeiro (ele tinha modos...quando queria), ela passou esbarrando o ombro no dele e entrou na sala sem dirigir uma palavra sequer ao professor. Ted, ao contrário dela, foi mais simpático:
sorriu para o mestre e pediu desculpas, as quais foram aceitas prontamente pelo professor - o fato de que ele era novato era uma bela de uma desculpa para evitar detenções, afinal.
Depois de se redimir, o lufa-lufano caminhou até a carteira mais ao fundo da sala, piscando para uma garota que o encarava com curiosidade - seus cabelos azuis eram realmente chamativos e ele já se pegara ponderando se valia à pena transformá-los...um tom castanho, quem sabe?
Antes que ele pudesse perceber, alguém esticou o pé, fazendo ele tropeçar e Ted Tonks sentiu o rosto arder de vergonha ao ir de encontro ao chão pela segunda vez só aquela manhã.
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- Mensagem nº17
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Regulus observava McDonald pelo canto do olho de tempos em tempos – parte porque tinha medo de que a menina realmente causasse um estrago, parte porque eles estava curioso. Era a primeira vez que ficava tão perto de um nascido trouxa, e talvez fosse sua única chance de confirmar todos aqueles boatos que ouvia dos pais sobre trouxas.
Para começo de conversa, não era verdade o que a mãe sempre dizia sobre trouxas federem. McDonald não exalava nenhum perfume, é verdade (também, como poderia, estando aquela bagunça completa?), mas ela também não cheirava mal.
”Isso vai para a lista de coisas que Walburga e Orion falam e que não fazem o menor sentido” o rapaz pensou, enquanto mexia a sua poção e a observava limpar os óculos na camisa. Distraída – e, provavelmente, sem enxergar um palmo à sua frente – a menina esfregava as lentes com vontade, e não percebia que aproxima os quadris cada vez mais da bancada.
A faca de McDonald tinha sido pousada de qualquer jeito sobre o balcão, e Regulus viu o momento exato em que ela esbarrou no cabo, levando o utensílio a circunscrever um círculo no ar.
Agindo por instinto, Regulus se esticou o braço para alcança-lo, mas nem mesmo os reflexos rápidos de apanhador do time da Sonserina o ajudaram: ele conseguiu evitar que a faca se cravasse no pé da grifinória, mas ganhara um profundo talho não mão.
- Merda!
Para começo de conversa, não era verdade o que a mãe sempre dizia sobre trouxas federem. McDonald não exalava nenhum perfume, é verdade (também, como poderia, estando aquela bagunça completa?), mas ela também não cheirava mal.
”Isso vai para a lista de coisas que Walburga e Orion falam e que não fazem o menor sentido” o rapaz pensou, enquanto mexia a sua poção e a observava limpar os óculos na camisa. Distraída – e, provavelmente, sem enxergar um palmo à sua frente – a menina esfregava as lentes com vontade, e não percebia que aproxima os quadris cada vez mais da bancada.
A faca de McDonald tinha sido pousada de qualquer jeito sobre o balcão, e Regulus viu o momento exato em que ela esbarrou no cabo, levando o utensílio a circunscrever um círculo no ar.
Agindo por instinto, Regulus se esticou o braço para alcança-lo, mas nem mesmo os reflexos rápidos de apanhador do time da Sonserina o ajudaram: ele conseguiu evitar que a faca se cravasse no pé da grifinória, mas ganhara um profundo talho não mão.
- Merda!
Mary McDonald- Mensagens : 380
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- Mensagem nº18
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
É claro que Slughorn fez uma cena quando seu aluno favorito do sexto ano se acidentou: o professor pareceu se materializar na frente da mesa deles ao escutar o grito de dor de Black e fez questão de que o rapaz fosse dali para a enfermaria - Madame Pomfrey podia cuidar daquilo num piscar de olhos.
Mary, tomada pela vergonha, se ofereceu para levar Regulus até a Ala Hospitalar – tinha sido culpa dela, então era o mínimo que ela podia fazer. Ela pediu licença e saiu da sala, no encalço do rapaz.
- Você tá bem? - ela perguntou, preocupada - Eu..eu esbarrei sem querer na faca. - e aqui, ela sentiu o rosto arder de vergonha - Esse corte aí parece bem fundo, mas pelo menos a madame Pomfrey pode curar com magia. Ela é muito boa em curar fraturas e cortes....
Mary McDonald tinha uma lista de defeitos e um deles era tagarelar quando se sentia nervosa. E Merlin, ela estava nervosa...aquele definitivamente não era o seu dia.
- Uma vez eu cortei meu joelho depois de andar de bicicleta e tive que levar uns dois pontos...doeu pra caramba.
Ela decidiu calar a boca ao notar que estava falando sozinha.
Mary, tomada pela vergonha, se ofereceu para levar Regulus até a Ala Hospitalar – tinha sido culpa dela, então era o mínimo que ela podia fazer. Ela pediu licença e saiu da sala, no encalço do rapaz.
- Você tá bem? - ela perguntou, preocupada - Eu..eu esbarrei sem querer na faca. - e aqui, ela sentiu o rosto arder de vergonha - Esse corte aí parece bem fundo, mas pelo menos a madame Pomfrey pode curar com magia. Ela é muito boa em curar fraturas e cortes....
Mary McDonald tinha uma lista de defeitos e um deles era tagarelar quando se sentia nervosa. E Merlin, ela estava nervosa...aquele definitivamente não era o seu dia.
- Uma vez eu cortei meu joelho depois de andar de bicicleta e tive que levar uns dois pontos...doeu pra caramba.
Ela decidiu calar a boca ao notar que estava falando sozinha.
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- Mensagem nº19
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Pela segunda vez seguida, Ted Smith tinha conseguido deixar Imogen Greengrass sem palavras e com o queixo caído. Merlin, como ele era insolente!
Bufando de raiva, a ruiva se apressou a alcançar a sala de aula, fazendo questão de devolver o encontrão que levara no trem (se tem uma coisa que Imogen fazia bem era guardar raiva), e sentou em seu lugar habitual.
Aquele garoto ia pagar pela falta de modos, ah, se ia!
A oportunidade apareceu antes mesmo do esperado: Ted resolveu passar justo ao lado de Imogen, e, antes que pensasse uma segunda vez sobre o assunto, ela esticou o pé, fazendo com que ele tropeçasse.
Imogen tentou segurar a risada ao ver o garoto de cara no chão, mas se deixou levar quando todo o resto da classe caiu no riso. Os olhos castanhos e envergonhados do rapaz logo chegaram até ela. Uma pontinha de remorso se aproximou dela, mas Greengrass passara tanto tempo mascarando os próprios sentimentos (como uma boa dama deve fazer), que sequer deu bola para a culpa que se aproximava:
- É melhor tomar mais cuidado, novato! – um risinho desdenhoso preencheu os lábios grossos da menina, que logo em seguida se endireitou na cadeira e encarou o professor.
- Você está bem sr. Smith? – o sr. Armstrong perguntou, logo se voltando para o restante da sala – pois bem, eu informei no começo da aula que nós vamos trabalhar em duplas esse ano. Como todo o restante da turma já estava dividido, você pode se juntar à senhorita Greengrass, ok? – aqui, ele encarou Imogen muito seriamente – talvez vocês possam vigiar os horários um dos outros, e garantir que atrasos não aconteçam mais.
Imogen revirou os olhos e encarou um ponto vazio ao lado do professor, escondendo a raiva que sentia naquele momento. Mas que meleca! Não bastava ter que respirar o mesmo ar daquele nascido trouxa, ela ainda precisava trabalhar com ele? Mas que inferno!
Bufando de raiva, a ruiva se apressou a alcançar a sala de aula, fazendo questão de devolver o encontrão que levara no trem (se tem uma coisa que Imogen fazia bem era guardar raiva), e sentou em seu lugar habitual.
Aquele garoto ia pagar pela falta de modos, ah, se ia!
A oportunidade apareceu antes mesmo do esperado: Ted resolveu passar justo ao lado de Imogen, e, antes que pensasse uma segunda vez sobre o assunto, ela esticou o pé, fazendo com que ele tropeçasse.
Imogen tentou segurar a risada ao ver o garoto de cara no chão, mas se deixou levar quando todo o resto da classe caiu no riso. Os olhos castanhos e envergonhados do rapaz logo chegaram até ela. Uma pontinha de remorso se aproximou dela, mas Greengrass passara tanto tempo mascarando os próprios sentimentos (como uma boa dama deve fazer), que sequer deu bola para a culpa que se aproximava:
- É melhor tomar mais cuidado, novato! – um risinho desdenhoso preencheu os lábios grossos da menina, que logo em seguida se endireitou na cadeira e encarou o professor.
- Você está bem sr. Smith? – o sr. Armstrong perguntou, logo se voltando para o restante da sala – pois bem, eu informei no começo da aula que nós vamos trabalhar em duplas esse ano. Como todo o restante da turma já estava dividido, você pode se juntar à senhorita Greengrass, ok? – aqui, ele encarou Imogen muito seriamente – talvez vocês possam vigiar os horários um dos outros, e garantir que atrasos não aconteçam mais.
Imogen revirou os olhos e encarou um ponto vazio ao lado do professor, escondendo a raiva que sentia naquele momento. Mas que meleca! Não bastava ter que respirar o mesmo ar daquele nascido trouxa, ela ainda precisava trabalhar com ele? Mas que inferno!
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- Mensagem nº20
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
A bainha do uniforme de Regulus rodopiava no ar atrás dele, como efeito dos passos largos que o rapaz dava em direção à enfermaria. Poucos passos atrás dele, Mary McDonald tagarelava tanto que mais parecia uma mosquinha zunindo no ouvido dele.
Por Salazar, se ele ficasse com sequelas... Uma mísera cicatriz que fosse... McDonald ia se ver com ele. Por sorte, ao menos não era a sua mão dominante.
Ele tentou apressar o passo, a mão boa firmemente pressionando o corte na outra mão, até que o barulho constante da grifinória cessou.
Parando de breque – o que fez com que ela se esbarrasse nele – ele girou nos próprios calcanhares e a encarou.
- O quê? Não vai me contar a cor da sua bicicleta? Contar a condição do tempo na sua queda? Ou explicar o que diabos são pontos?
Regulus estreitou os olhos cinzentos, fitando fixamente as íris esverdeadas da menina.
- O que você pensa que está fazendo, me seguindo pela escola?
Por Salazar, se ele ficasse com sequelas... Uma mísera cicatriz que fosse... McDonald ia se ver com ele. Por sorte, ao menos não era a sua mão dominante.
Ele tentou apressar o passo, a mão boa firmemente pressionando o corte na outra mão, até que o barulho constante da grifinória cessou.
Parando de breque – o que fez com que ela se esbarrasse nele – ele girou nos próprios calcanhares e a encarou.
- O quê? Não vai me contar a cor da sua bicicleta? Contar a condição do tempo na sua queda? Ou explicar o que diabos são pontos?
Regulus estreitou os olhos cinzentos, fitando fixamente as íris esverdeadas da menina.
- O que você pensa que está fazendo, me seguindo pela escola?
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº21
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Ted reuniu toda sua coragem e se ergueu do chão, o rosto ainda vermelho de vergonha e se virou para o professor, que explicava que ele e a ruiva - Greengrass? - teriam que trabalhar em dupla.
Pela sua pouca experiência, Ted sabia que aquilo não daria certo. Mas ordens eram ordens, certo?
Sentando-se ao lado dela sem dizer uma palavra, o rapaz puxou seu caderno e uma caneta (penas eram tão antiquadas em sua época) e anotou as instruções ditadas pelo professor.
Antes que a sineta pudesse tocar, Ted se virou para Imogen:
- Então...Greengrass? - ele tentou soar simpático. Não queria bombar em Astronomia em 1976.
Pela sua pouca experiência, Ted sabia que aquilo não daria certo. Mas ordens eram ordens, certo?
Sentando-se ao lado dela sem dizer uma palavra, o rapaz puxou seu caderno e uma caneta (penas eram tão antiquadas em sua época) e anotou as instruções ditadas pelo professor.
Antes que a sineta pudesse tocar, Ted se virou para Imogen:
- Então...Greengrass? - ele tentou soar simpático. Não queria bombar em Astronomia em 1976.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº22
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
- Pontos fazem parte do curativo trouxa – Mary segurava Regulus pela manga do robe pois quase tinha perdido o equilíbrio com o esbarrão dos dois.
Ela encarou a mão machucada dele e sentiu um peso na consciência.
- Eu só quero ajudar. - ela falou, a voz saindo mais baixa que o normal. Reunindo coragem, ela o encarou nos olhos - Olha, a gente pode pegar um atalho pra chegar mais rápido na Ala Hospitalar.
Ela apontou para uma tapeçaria - os Marotos a haviam ensinado sobre aquele atalho uns anos antes.
Ela encarou a mão machucada dele e sentiu um peso na consciência.
- Eu só quero ajudar. - ela falou, a voz saindo mais baixa que o normal. Reunindo coragem, ela o encarou nos olhos - Olha, a gente pode pegar um atalho pra chegar mais rápido na Ala Hospitalar.
Ela apontou para uma tapeçaria - os Marotos a haviam ensinado sobre aquele atalho uns anos antes.
Admin- Mensagens : 385
Data de inscrição : 06/03/2016
- Mensagem nº23
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Imogen piscou os longos cílios algumas vezes, as íris verdes analisando-o o de cima a baixo por pura força do hábito. Também por hábito, um sorriso mecânico preencheu os lábios rosados da menina.
- Parece que nós temos um encontro amanhã à noite, Theodore.
Até mesmo Imogen se assustou com o tom doce e delicado de sua voz. Qualquer um que a ouvisse imaginaria que ela estivesse flertando com o lufano (e não apenas utilizando as habilidades sociais lapidadas por anos pelos seus pais).
Aquele mero pensamento – ela paquerando o garoto de cabelos azuis – foi o suficiente para que a menina quebrasse a própria máscara e começasse a rir.
- Até parece – ela resmungou baixinho, e guardou seu pergaminho e o tinteiro dentro da bolsa, logo reassumindo o tom autoritário e superior de sempre – Aviso logo que eu não carrego peso, então é melhor que o telescópio já esteja montando quando eu chegar.
Aproveitando que a sineta soava pelos corredores, ela se levantou e se apressou pelo corredor, em direção à aula de feitiços.
A pessoa que tinha inventado de dar aulas aos alunos à meia-noite era, definitivamente, a responsável por Imogen odiar tanto Astronomia. Merlin, ela já estava devidamente enfiada embaixo das cobertas, completamente alheia ao compromisso, quando suas colegas de quarto perguntaram se “ela iria mesmo perder pontos para a Sonserina por um mero capricho”.
Por Salazar, dormir não era um mero capricho!
Mesmo com todos os sextanistas em sua turma apressando o passo, ela se demorou no quarto. Como sempre, queria estar impecável – ao contrário de certos alunos com quem era obrigada a trabalhar.
- Srta. Greengrass, atrasada novamente?
Imogen estreitou os olhos para o professor, a mente quase saindo fumaça, e desviou seu olhar para o caro relógio de pulso que ganhara dos pais no último aniversário.
TRÊS MINUTOS! Ela tinha se atrasado por três míseros minutos para uma aula inútil, em um horário amaldiçoado, ensinada por um nascido trouxa maldito; e ele fazia questão de esfregar isso na sua cara.
A máscara impassível de civilidade tomou seu lugar no rosto de Imogen, que sorriu amavelmente para o professor. Antes, no entanto, que ela pudesse inventar a mentira da vez, a voz de seu parceiro se fez ouvir, com a desculpa infalível (que ela já usara tantas vezes com o professor de astronomia que perdera seus efeitos, mas ainda assim).
- Parece que nós temos um encontro amanhã à noite, Theodore.
Até mesmo Imogen se assustou com o tom doce e delicado de sua voz. Qualquer um que a ouvisse imaginaria que ela estivesse flertando com o lufano (e não apenas utilizando as habilidades sociais lapidadas por anos pelos seus pais).
Aquele mero pensamento – ela paquerando o garoto de cabelos azuis – foi o suficiente para que a menina quebrasse a própria máscara e começasse a rir.
- Até parece – ela resmungou baixinho, e guardou seu pergaminho e o tinteiro dentro da bolsa, logo reassumindo o tom autoritário e superior de sempre – Aviso logo que eu não carrego peso, então é melhor que o telescópio já esteja montando quando eu chegar.
Aproveitando que a sineta soava pelos corredores, ela se levantou e se apressou pelo corredor, em direção à aula de feitiços.
A pessoa que tinha inventado de dar aulas aos alunos à meia-noite era, definitivamente, a responsável por Imogen odiar tanto Astronomia. Merlin, ela já estava devidamente enfiada embaixo das cobertas, completamente alheia ao compromisso, quando suas colegas de quarto perguntaram se “ela iria mesmo perder pontos para a Sonserina por um mero capricho”.
Por Salazar, dormir não era um mero capricho!
Mesmo com todos os sextanistas em sua turma apressando o passo, ela se demorou no quarto. Como sempre, queria estar impecável – ao contrário de certos alunos com quem era obrigada a trabalhar.
- Srta. Greengrass, atrasada novamente?
Imogen estreitou os olhos para o professor, a mente quase saindo fumaça, e desviou seu olhar para o caro relógio de pulso que ganhara dos pais no último aniversário.
TRÊS MINUTOS! Ela tinha se atrasado por três míseros minutos para uma aula inútil, em um horário amaldiçoado, ensinada por um nascido trouxa maldito; e ele fazia questão de esfregar isso na sua cara.
A máscara impassível de civilidade tomou seu lugar no rosto de Imogen, que sorriu amavelmente para o professor. Antes, no entanto, que ela pudesse inventar a mentira da vez, a voz de seu parceiro se fez ouvir, com a desculpa infalível (que ela já usara tantas vezes com o professor de astronomia que perdera seus efeitos, mas ainda assim).
Admin- Mensagens : 385
Data de inscrição : 06/03/2016
- Mensagem nº24
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Uma das sobrancelhas negras de Regulus se ergueu com a explicação da menina. Ela estava realmente falando sobre procedimentos trouxas com ele? O caçula dos Black estava prestes a gritar que ela o deixasse em paz, quando um fiapo de voz deixou os lábios rosados, causando certo espanto ao rapaz.
McDonald se sentia culpada.
Nunca, em toda a vida de Regulus, alguém que o machucara se sentira culpado. Aquele era um sentimento reservado aos fracos, e Black sequer sabia como era senti-lo.
Mas ali estava McDonald, corroendo-se em culpa, e querendo ajuda-lo.
O aceno positivo foi feito lentamente, logo antes do sonserino começar a seguir a ruiva em silêncio até a enfermaria.
A mente de Regulus, moldada para sobreviver entre as hipocrisias da sociedade bruxa, agia rapidamente, tentando reverter o sentimento da garota em benefício próprio.
- Sabe... – ele falou, por fim, quando Madame Pomfrey terminou o curativo em sua mão; erguendo os olhos cinzentos da bandagem em seu machucado até a garota, encostada no dossel da cama mais próxima – você me deve algo depois desse acidente.
McDonald se sentia culpada.
Nunca, em toda a vida de Regulus, alguém que o machucara se sentira culpado. Aquele era um sentimento reservado aos fracos, e Black sequer sabia como era senti-lo.
Mas ali estava McDonald, corroendo-se em culpa, e querendo ajuda-lo.
O aceno positivo foi feito lentamente, logo antes do sonserino começar a seguir a ruiva em silêncio até a enfermaria.
A mente de Regulus, moldada para sobreviver entre as hipocrisias da sociedade bruxa, agia rapidamente, tentando reverter o sentimento da garota em benefício próprio.
- Sabe... – ele falou, por fim, quando Madame Pomfrey terminou o curativo em sua mão; erguendo os olhos cinzentos da bandagem em seu machucado até a garota, encostada no dossel da cama mais próxima – você me deve algo depois desse acidente.
Mary McDonald- Mensagens : 380
Data de inscrição : 07/07/2014
- Mensagem nº25
Re: Aquele em que Ted volta no tempo.
Madame Pomfrey terminou o curativo na mão de Regulus e correu para acudir um outro aluno que entrara na Enfermaria reclamando de dor de barriga.
Mary a agradeceu e quando escutou a voz de Regulus se dirigir a ela "você me deve algo depois desse acidente" sentiu um gelo na barriga. Como ela tinha sido ingênua de achar que se oferecer para ajudá-lo seria o suficiente.
O rapaz se ergueu da cama e ela teve que esticar o pescoço para encará-lo:
- Eu não tenho dinheiro. – ela tratou logo de afirmar e se sentiu uma idiota quando escutou a própria voz. Duh, Regulus Black tinha ouro suficiente para décadas, então decididamente não precisava de dinheiro algum.
- Mas eu posso... - ela olhou para a mão enfaixada dele - Eu posso fazer a lição até sua mão sarar?
A ideia saiu em forma de pergunta, pois a garota estava meio insegura. E se ele pedisse algo impossível?
Mary a agradeceu e quando escutou a voz de Regulus se dirigir a ela "você me deve algo depois desse acidente" sentiu um gelo na barriga. Como ela tinha sido ingênua de achar que se oferecer para ajudá-lo seria o suficiente.
O rapaz se ergueu da cama e ela teve que esticar o pescoço para encará-lo:
- Eu não tenho dinheiro. – ela tratou logo de afirmar e se sentiu uma idiota quando escutou a própria voz. Duh, Regulus Black tinha ouro suficiente para décadas, então decididamente não precisava de dinheiro algum.
- Mas eu posso... - ela olhou para a mão enfaixada dele - Eu posso fazer a lição até sua mão sarar?
A ideia saiu em forma de pergunta, pois a garota estava meio insegura. E se ele pedisse algo impossível?